terça-feira, 26 de março de 2019

Razões do Adamastor


Texto de Beatriz Barreto, 9.ºE

       No ponto mais a sul da costa Africana, Adamastor, um dos filhos da Terra, lutava contra Júpiter.
Certo dia, andando ele em busca da armada de Neptuno, viu Tétis nua na praia, com as filhas de Nereu.
Adamastor, caracterizado como um titã, medonho, disforme, carrancudo e ameaçador, estava apaixonado por Tétis de tal maneira, que fez saber a Dóris, sua mãe, a intenção de tomá-la por armas.
Numa noite, quase a desistir da guerra depois das promessas de Dóris de interceder junto da filha, louco de amor, aparece-lhe o lindo rosto de Tétis, única e nua! Crendo vê-la, ele correu como um doido abrindo os braços para aquela que era a vida do seu corpo e começou a beijá-la! Quando se deparou com a realidade, estava abraçado a um monte duro, onde por castigo ficou transformado numa rocha perante a outra, para o resto da sua vida.
            O Gigante lamentava-se perguntando:
            -Já que a minha presença não te agrada, que te custava ter-me neste engano?
Embora soubesse que Tétis não o ouvia, lamentava-se por tal castigo.
Estes sentimentos do Adamastor talvez justificassem o comportamento dele para com os navegadores.


segunda-feira, 18 de março de 2019

Não pactues, denuncia!


Crónica de Marta Silva, 9ºA

Embora o assunto não seja novidade, o mês de Fevereiro traz-nos novas notícias relativas à violência doméstica.
A notícia é chocante: “Desde o início do ano até meados de Fevereiro houve 11 mulheres mortas pelos maridos”.
As pessoas têm a ideia errada de que a violência pode ser apenas a prática de atos físicos violentos, mas também existem outros tipos de violência doméstica, como a emocional, a social, a física, a sexual, a financeira e até a de perseguição.
Para mim, quem sofre mais nestas situações são as crianças, elas também são alvo de violência doméstica sendo testemunhas da mesma ou instrumentos de abuso e até mesmo vítimas diretas.
Várias pessoas escondem para si próprias o sofrimento, muitas vezes por medo, pois são constantemente ameaçadas, mas também por vergonha. Essas pessoas não deviam ter receio, deviam enfrentar os seus medos, apresentar queixa à polícia para que sejam tomadas medidas de prevenção e para parar com o sofrimento das vítimas.
A maior parte das vezes, quando demoram as queixas, a violência vai-se agravando e quando acabam por se tomar medidas, muitas das vezes, já é tarde demais.
Por isso, se és vítima de violência ou se presencias ou já presenciaste algum caso, não hesites em apresentar queixa, não só para o teu bem, como para o bem do próximo.
Não temas, atua!