quinta-feira, 9 de abril de 2020

O valor das coisas

Texto de Gabriel Mesquita, 5.ºB

Na minha opinião, nós temos muitos amigos e pessoas de quem gostamos, mas só quando as perdemos é que sentimos a sua falta.
Em primeiro lugar, falo dos amigos e da família que passaram bons momentos connosco, mas agora, sem eles, ficamos sozinhos e tristes. Por outro lado, quando estamos com eles, divertimo-nos e o tempo passa mais depressa.
Por exemplo, há algum tempo, fui de férias com os meus primos e diverti-me muito, mas quando voltei foi como se nunca me tivesse divertido.
Concluindo, devemos aproveitar bem o tempo com quem gostamos, porque há alturas em que não podemos fazê-lo, como agora, neste isolamento motivado pelo corona vírus.
Quem me dera poder estar com os meus primos e com os meus amigos!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

À espera dela


Conto de Petra Coelho, 5.ºA

Numa noite escura e sombria, estava eu, como sempre, a vaguear por uns telhados. Eu estava triste, sentia falta de alguém.
De repente, uma luz aparece. Não sei porquê, mas quando reparei nela, senti-me aconchegado, como se me estivessem a abraçar. Eu olho para trás e vejo a Lua. A Lua parecia uma bola de papel cheia de purpurina. Ela preencheu-me o vazio do coração.
- Olá gatinho. - diz a Lua, docemente - Porque andas tão triste?
 - Olá, ainda bem que apareceste! Eu ando assim tristonho, porque não tenho com quem conversar. - respondi  eu.
- Olha, estás com muita sorte, pois posso falar contigo todas as noites, porém, em breve eu vou desaparecer, porque o meu amigo Sol também gosta de mostrar os seus raios. Pode ser que ele também queira ser teu amigo. - acrescentou ela
Depois desta frase, a Lua desapareceu, e o Sol veio com toda a energia. Eu conversei com ele mas gosto mais da Lua. Por favor, não lhe digam nada.
Desde esse dia, tenho andado sempre com um sorriso no focinho e com os bigodes no ar.

sábado, 21 de setembro de 2019

Crónica de setembro


A Rafaela foi minha aluna nos últimos três anos. No ano passado, a frequentar o 9.º ano, escrevia, como todos os seus colegas, uma crónica mensal. Algumas delas figuram neste blog. A Rafaela gostou sempre muito de escrever. Escrevia contos para a irmã mais nova, poemas que dedicava às amigas, ou que escrevia só porque sim...

Guardo textos e poemas seus, e espero que um dia ela cumpra o seu sonho para eu poder ler um livro seu.
Este ano, a Rafaela não é minha aluna, frequenta o 10º ano numa outra escola, mas lembrou-se de me enviar esta crónica. Entendo-a como um laço que ainda não quebrou, e fico feliz.
Aqui o coloco, e espero que seja lido pelos seus colegas que ainda aqui estão, na sua antiga escola.



Crónica de Rafaela Martins

Olá, para ti que estas a ler esta crónica.
Decidi escrevê-la para te ajudar a preparar para o décimo ano, hoje até podes achar que vai ser tudo muito fácil, mas a verdade é que não é.
Não te quero assustar com esta introdução, mas julgo que te devo alertar sobre alguns aspetos:
O primeiro aspeto diz respeito à tua perceção sobre a nova escola. Ela até pode parecer pequena, mas no início pode transformar -se num verdadeiro labirinto.
O segundo aspeto é que, a partir do momento em que entras na escola secundária, tu estás solto, ou seja, tens um problema?! Azar, és tu quem tem de o resolver.
Podia focar muitos mais aspetos, mas crónica ficaria gigante e tu correrias o risco de ficar assustado. Mas antes que isso aconteça, deixa-me dizer-te que há sempre um outro lado, um lado positivo, tu podes finalmente ser «livre», pois és tu que tens de decidir o teu futuro.
Sei que esta frase tem tanto de sedutor, como de assustador, mas é pura verdade. Além disso, vais trabalhar numa coisa de que gostas, pois estás no curso que escolheste, e vais conhecer muitas pessoas que também se identificam com essa área.
Por último, querias falar dos colegas, pois tudo muda. No ensino básico há sempre muitos «palhacinhos da turma», a partir do décimo são todos muito mais «adultos» e finalmente há silêncio na sala, e não importa se tu és alto ou baixo, careca ou cabeludo, todos te vão respeitar.
Por ultimo, e para finalizar, a ti, que já deves estar farto de ler esta crónica, queria dar-te um conselho, aliás vão ser dois: o primeiro é que aproveites bem este ano, pois, em princípio, será o último que passas nessa escola; o segundo é que ao entrares no secundário não te preocupes com o susto inicial, pois muito rapidamente te habituas à mudança.